Águas & Encounters - Alissa Sanders & Maurício Lourenço


O intercambio musical entre o músico instrumentista baiano Maurício Lourenço e a cantora afro-americana Alissa Sanders, estreou em maio de 2016, quando Alissa chegou de Los Angeles para participar no Teatro Vila Velho – na programação do Vozes Negras da Terça Preta do Bando de Teatro Olodum.

Acordes harmônicos do violão brasileiro ao encontrar o jazz e blues afro-americano, os levou a mergulhar na ancestralidade dos povos afro-americanos e negros brasileira. O que tem produzido uma sonoridade que remonta um passado, presente e futuro na voz de Alissa Sanders e no violão Mauricio Lourenço.

O encontro segue a água como matéria liquida que influência a todos. Por ser tão permeável e flexível a sua trajetória, fascinam olhos de quem ver há muito tempo, tempo de outrora e as suas ancestralidades vem junta com nosso povo a cada gota suada, em cada tom, notas e expressos culturais.

Em contemplação com a física e as suas vibrações, e as variedades de ritmos e estilos onde quer navegar, assim como samba, jazz, rock, bossa, ciranda, foxtrot, maracatus R&B, blues e soul, e com uma curiosidade natural que nacido da convivenicia com a música, compartilhando suas experencias com ela, o trabalho vai assumindo influencias e encontrando semelhanças ...

O intercámbio músical é uma miscigenação sonora de onde nasce um terceiro elemento, fruto do encontro das “aguas” dos músicos e das canções, em uma bela inesperada simbiose das duas culturas.

Mauricio Lourenço conta um pouco como compôs a trilha do Espetáculo Sortilégio

No candomblé cada Orixá tem músicas específicas, esta é o elo entre os Orixás e os seus filhos e filhas. As cantigas é uma forma de evocar e saudar as entidades. Pedimos licença aos nossos mais velhos e aos nossos ancestrais para apresentar as músicas a seguir.
A abertura sonora do espetáculo sinaliza uma força, uma aparição e o medo. É uma presença de Exú, com o mistério das ruas e a incógnita da escuridão.
Uma Ramunha é tirada com timbre sintetizado e atabaques e Gam ou rum pilé, gritos, tacos e sirene, vocais e ambientação.
Traremos o grande Obatalá que é o grande rei soberano, sua música contemplativa e serena trará vozes e ritmos que caminham juntos como água e ar adentrando numa linda celebração.
Para compor tal música tradicional, foi adotada a proposta do coreógrafo Zebrinha e logo foi criado um contraponto para termos uma sonoridade ritualística.
Do outro lado Iemanjá será traduzida com uma sonoridade levando ao sincretismo, a canção de Margarida é semelhante a uma romaria e dentro dela há xirê de Iemanjá, para lembrar o poder revitalizador das águas.
Com o grande deus do fogo, Xangô, a música é forte, empolgadora e quente, um hino aonde apresenta a sua força, seu lugar de rei.
Desenhando Exú, traremos uma trilha misteriosa e cheia de urbanização e linguagem universal para o poema ficar claro e passar a mensagem e verdade que a letra tem.
Como a espada certeira de Ogum sua música é mais ritualística, onde fala de um guerreiro que desbrava mundo e constrói ferramentas. A sonoridade desta música é como teu caminhar sem melindres, para tanto utilizo alguma palavras em Iorubá e penso no ritmo forte e atraente para envolver o seu universo que abri os caminhos.
Enquanto Oxumarê possuirá uma música a mais melodiosa, como seu corpo de cobra e tez colorida como o arco-íris. Quanto ao refrão vamos trazer dois orixás femininos, Ewá pela sua malemolência e relação fraternal e Obá pela sua verdadeira paixão.
E a canção final é para celebrar a resistência negra. Os instrumentos, atabaques, berimbau, vozes, ferramentas dos Orixás e músicas sintetizadas, são nada mais do que parte de nós, da nossa ancestralidade e identidade africana.

Mauricio Lourenço faz a Direção Musical do show “Inaicyra em 3 Tempos”


O show “Inaicyra em 3 Tempos” simboliza o retorno da cantora a cena musical baiana com um espetáculo próprio que apresenta ao público arranjos que integram a ancestral tradição africana e indígena brasileira, bem como à africana nos Estados Unidos. O espetáculo musical acontece, no dia 13 de outubro (segunda-feira), no ICBA (Avenida Sete de Setembro, número 1809), com ingressos nos valores de R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia).
Inspirada na memória de uma cultura, surge o desejo de ampliar o seu repertório e trazer para a cena musical composições de Babi de Oliveira e Waldemar Henrique, que retratam a cultura regional brasileira como a tradição dos orixás e lendas indígenas, além de abordar adaptações de negro spiritual, forma do negro norte americano exteriorizar a sua visão de mundo do cotidiano sofrido na dura jornada de trabalho escravo nas plantações.
“Os cantos são considerados como releitura histórica, como um modo de presentificar princípios ancestrais na contemporaneidade. O fio condutor é a oralidade de uma memória. São composições musicais que reinterpretam, reelaboram valores pertencentes a dados culturais, e expressam uma configuração no presente”, revela Inaicyra Falcão.
“Inaicyra em 3 Tempos” é uma realização da empresa Acosta Produções Artísticas, da atriz, professora de teatro e produtora cultural, Josiane Acosta. A direção musical é realizada pelo músico, cantor, compositor e multinstrumentista, Maurício Lourenço, que acompanha a cantora nos teclados e violão, a percussão é de Daniel Vieira (Nine), músico integrante da Banda Filhos de Jorge.

SERVIÇO
O Quê: Show “Inaicyra em 3 Tempos”
Quando: 13 de outubro de 2014 (segunda-feira)
Onde: Teatro do ICBA (Avenida Sete de Setembro, número 1809)
Horário: 20 horas
Valor: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia). Os ingressos serão vendidos na bilheteria do teatro, no dia da apresentação, a partir das 18h.
Classificação livre
Tel.: (71)8779.5707
FICHA TÉCNICA
Intérprete: Inaicyra Falcão
Direção Musical: Maurício Lourenço
Teclado/Violão: Maurício Lourenço
Percussão: Daniel Vieira (Nine) 
Cenário: Marcos Costa
Programação Visual: Sidney Rocharte
Fotógrafo: Sidney Rocharte
Técnico de som: Jeferson Souza
Iluminação: Nando Zâmbia
Maquiagem: Roberto Rosa
Turbantes: Isa Oliver
Assessoria de imprensa: InterAGIR Cultural – Assessoria de Comunicação
Assistente de Produção: Karla Koimbra e Daniel Lira
Coordenação Geral e Produção Executiva: Josi Acosta
Realização: Acosta Produções Artísticas

Mauricio Lourenço na Direção Musical de Outras Africas, Show de Nara Couto

A cantora baiana Nara Couto estreia a sua carreira solo com o show “Outras Áfricas”, no dia 17 de julho, no Cabaré dos Novos, no Teatro Vila Velha, às 20 horas, com ingressos nos valores de R$20,00/R$10,00 (meia-entrada). O espetáculo musical tem a direção cênica de Elisio Lopes Jr., direção musical de Maurício Lourenço, e arranjos de Jarbas Bitencour e do Coletivo (Mauricio Lourenço, Samuel Borges, Ricardo Brito, Hermogenes Araujo e Daniel Vieira)
 
 

Mauricio Lourenço na Trilha Sonora do Documentario Memorias de Mãe Raidalva

Mauricio Lourenço foi o responsável pela trilha sonora do Documentário Memorias de Mãe Raidalva. Mauricio demostrou na sua trilha,  sintonia e entendimento da importância da identidade, ancestralidade e respeito que são pontos mais destacados no doc. Alem disso, apresentou os toques dos Orixas com a leveza e importância no decorrer do filme, e permeando tudo a sua bela musica composta juntamente com Laila Rosa, Recôndito.

Mauricio Lourenço na Abertura da III Bienal da Bahia

Mauricio Lourenço fará a Abertura nesta quinta (29/05) da III Bienal da Bahia no Museu de Arte Moderna (MAM) juntamente com Inaycira Falcão, a cantora e o multi-instrumentista irão fazer uma performance conjunta.





Mauricio Lourenço estará hoje trilhando a intervenção urbana "Água e Fogo"

Mauricio Lourenço estará hoje trilhando o Festival 5 minutos juntamente com o cineasta Caetano Dias, o vídeo artista George Nery  realizam na escadaria da Biblioteca Pública a intervenção urbana “Àgua e Fogo”. 

Atividade acontece após a sessão da Mostra Competitiva da segunda apresentação artística do Festival 5 Minutos, as 21h.